Seminário Regional 2013 do SBGC

A Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento (SBGC) nasceu em 2001 e é uma organização sem fins lucrativos, voltada ao compartilhamento de boas práticas em Gestão do Conhecimento. No dia 21/11/13 a SBGC promoveu o Seminário RS de GC ` 2013 na sala 217 do prédio 99A do TecnoPUC (site).

As Boas Vindas foram dadas pelo Sr Bayardo Morales, Anderson Yanzer e Lourdes Lovison, da diretoria da SBGC, que contam com a nossa Tecnotalker Shinobu Takeuchi como relações institucionais.
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8:45 AM – Tivemos as boas vindas com o diretor do TecnoPUC, o Prof Moschetta, que falou um pouco sobre o parque, no incentivo ao compartilhamento do conhecimento como uma força e vocação de um parque tecnológico, explicou o conceito de hélice tripla (Universidade, Empresas e Governo) e o desafio da PUCRS em ser um Agente de Desenvolvimento Econômico-Social Regional.
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9:00 AM – Iniciou uma palestra que credito como uma das mais instigantes, sobre Pensamento Sistêmico com Aurélio Andrade. Uma aula de história do pensamento humano muito descontraída, repleta de dicas de livros. Desde a restrição de acesso ao conhecimento ao iluminismo e consolidação do pensamento sistêmico, mais ecológico ou holístico:dvsdds

Parecia um DéjàVu, uma comparação entre administração clássica e métodos ágeis, falou em teoria da complexidade, em biomimética, modelos ecológicos, sustentabilidade, não citou HWang, mas foi uma reedição do Manifesto Ágil:

  • Partes x Todo
  • Objetos x Relacionamentos
  • Hierarquia x Redes
  • Causalidade linear x Circularidade (continuum)
  • Estruturas estáticas x Processo
  • Metáfora mecânica x Ecologia
  • Quantidade x Qualidade
  • Conhecimento pontual x Conhecimento contextual
  • Certeza x Relativismo
  • Controle x Auto-organização

Quase me levanto e convido ele para o próximo Agile Brazil 🙂
Livros? A empresa Viva, A sociedade em Rede, citou Peter Senge, …
Falou em revolução industrial, poder, dominação, hierarquia, …
Citou o sistema de ensino conteudista e quantitativo que temos.
Falou da racionalidade conveniente com foco em custo e controle.

Exemplo? Ao mostrar uma garrafa dàgua e sermos instigados a analisá-la, o pensamento dominante, mecanicista, iria decompô-la em embalagem plástico, rótulo, água, tampa, talvez tamanho, proporção e estética, enquanto a sistêmica iniciaria por perguntas que me lembraram o 5W3H. É como o triangulo mágico do PMI (custo, tempo e escopo), que no mundo Agile vira tão somente um vértice, pois tão importante quanto ou mais é o valor e a qualidade.

A manhã estava recém começando e o seminário já tinha mostrado a que venho, o próximo foi sensacional, o Prof Stanley Loh da ULBRA deu uma aula que mesclou antropologia, sociologia e psicologia do conhecimento humano (link para a apresentação – vale a pena):
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Falou de instinto humano, de cultura, iniciando nas Savanas e Cavernas, primórdios de nossos rituais e comunicação, hierarquia e negociação social, agricultura, alfabeto, Egito antigo, filosofia e sociedade Grega, Gutemberg, comunicação em massa.

Uma abordagem instigante sobre instinto, egoísmo nato em busca de comida, território e acasalamento, a estratégia do compartilhamento e reciprocidade, sobre a Teoria dos Jogos de Axelrod, sobre reputação localizada, sobre as limitações temporais do incentivos individuais ou coletivos, sobre igualdade ou justiça, sobre oportunismo e interesse (me fez lembrar de Gamification).

Sugestões? How art made the world, The experiment, The mytical month.
O que é melhor para esta ou aquele grupo ou organização depende …
Um grupo de laços fracos acaba e laços fortes reduzem os fracos.
Falou até da Lei de Brooks, o que me fez lembrar de outras duas:

  • Brooks – “Acrescentar mais pessoas trabalhando num projeto que está atrasado só aumentará o atraso do projeto”;
  • Parkinson – “O trabalho se expande de forma a preencher todo o tempo disponível para sua realização”;
  • Peter – “Numa organização hierárquica, todo mundo sobe até atingir  seu nível de incompetência”.

Tivemos uma palestra do Prof Eduardo Giugliani que apresentou o que é e como funciona o ecossistema formado pela PUC, TecnoPUC, InovaPUC, AGT, RAIAR, empresas, profissionais … passado, presente e futuro.

Maurício Centeno da Starte.me, meu ex-colega de RBS, falou sobre Agile na veia, sobre StartUp Dojo, sobre Steve Blank e Eric Ries. Falou sobre a Geração A, aquela galera que com 50 a 60 anos está com grana, tempo e dinheiro para ainda aproveitar muito a vida, com vontade de fazer acontecer. Explicou conceitos de incubadora e de aceleradora.
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A palestra do Maurício suscitou muita participação, mas como são assuntos que já postei muitas vezes e é o principal mote deste blog, sigo adiante, Ok.

Patrícia Hartmann falou de Design Estratégico, sobre codesign de cenários para promover o compartilhamento de conhecimento. Citou e explicou casos como o da Shell, Apple e Microsoft. De cenários de ‘montanhas’ e ‘oceanos’, da busca por desdobramentos de cenários não com o objetivo de escolher o melhor mas na criação de ‘estratégias robustas’ a partir de todos eles.

Falou de Rapid Prototiping, Evidencing, StoryTeeling, PhotoStories, …
Citou as fases de divergência, convergência, cenários e representação.

Na sequencia tivemos 3 cases de startups mediados pelo Anderson Yanzer, diretor Adjunto do núcleo de Canoas do GUGC. Foi muito legal, três cases completamente distintos. Uma automação com SW embarcado em pontos de venda da GetWay, que aparentemente já deixou de ser StartUp faz tempo \o/

Um caso de entretenimento, com vídeos infantis educativos pela galera do Biscuitt Zero Sixx que relatou o que está rolando neste segmento a partir de uma viagem recente a Cannes em um evento no qual tiveram a oportunidade de interagir com PMG empresas do ramo de países do mundo inteiro.

E o case da Piggli.com, a experiência dos guris na RAIAR com a DevelopIT, com o JuntaAi, a Piggli e um novo projeto, que descobriram esta semana que é concorrente com o novo site de viagens do Google.sbgc6piggli

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